REIKI

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sábado, 24 de janeiro de 2015

Celtas - Magia e Espiritualidade

A cultura celta se difundiu pela Europa e, na atualidade é tida como referência no mundo mágico e espiritual. Em entrevista exclusiva, Ana Elizabeth Cavalcanti da Costa fala sobre a magia e a sabedoria do povo celta.
Os povos celtas estiveram espalhados por quase todo o continente europeu. Não formaram um império, nem possuíam um governo centralizado. Não tinham um sistema de escrita e, portanto, a precisão cronológica sobre seu surgimento se baseia em escavações e em muitas pesquisas, datando de 1800 a 1500 a.C., na Europa Central e Ocidental.
Viviam em tribos e, apesar de não possuírem uma etnia homogênea, a língua e a religião representavam o elo entre eles. Sua cultura é repleta de magia, espiritualidade e culto à natureza. Acreditavam que as palavras registradas graficamente comprometiam a realidade e a energia dos fatos, podendo criar interpretações incorretas da verdade.
Para os celtas, o mundo estava em constante transformação, noção baseada na experiência de observação e de adoração da natureza; o importante é o presente, o momento, a harmonia e a saúde do corpo e do espírito.
Os celtas estiveram presentes em praticamente todo o continente europeu, que possui fragmentos de sua cultura. O seu habitat inicial era o sudoeste da Alemanha, Europa ocidental e central. Com o domínio da agricultura, tecnologia na cerâmica e no bronze, ao longo de séculos, eles invadiram França, Espanha, Tchecoslováquia, sula da Alemanha, Áustria e Grã-Bretanha. A sua história se estendeu por cerca de dois mil anos (de 1800 aC até o final do século 1 dC). A partir de 660 aC, invadiram a Península Ibérica e, até metade do século 2 aC, expandiram para Ucrânia, Grécia, Ásia Menor, Gália e grande parte da Itália. Quando se fala dos povos celtas, não se fala de um império celta, porque eles viviam em tribos independentes; o poder era dado ao rei, escolhido pelo grupo, e que cuidava do bem-estar da sua comunidade. Quando uma tribo atingia um número determinado de habitantes, ela se dividia. Uma parte para outro lugar a fim de organizar uma nova aldeia, seguindo o sinal que era fornecido pelas aves totêmicas, até chegarem às novas terras. Eles eram organizados política e socialmente em tribos independentes que, ao longo dos anos, foram se espalhando pela Europa. Não são considerados um povo com etnia homogênea, as possuíam a mesma língua e religião, que servia como um elo entre os membros das diversas tribos, dando-lhes a característica de “celta”.
Qual o papel da magia na sociedade celta e como a magia surgiu e se desenvolveu na sociedade celta.
Tudo foi se desenvolvendo de uma forma espontânea. Historicamente, foi através da observação da natureza que o homem criou a religião, passou a crer e a confiar em deuses, em energias superiores que pudessem protege-los em situações nas quais se sentia impotente.
O cotidiano celta era repleto de uma magia natural, que acontecia através da forma com que observavam o mundo. Para os celtas, os mundos físico e espiritual eram um único mundo; não havia separação entre o natural e o sobrenatural. Eles enalteciam o universo natural, reconheciam seu valor na sua energia. A sua mitologia e religião estavam centraliza, representando o amor, a morte, a sexualidade e a fertilidade.
O celta percebia que todo homem pertence à grande teia da natureza, e que a vida é uma sucessão de novas experiências e descobertas. Alguns lugares eram considerados sagrados por possuírem uma energia especial, da mesma forma que algumas épocas do ano (estações) eram festejadas com os famosos sabás.
Pode-se dizer que a magia sempre esteve presente no cotidiano celta e podia ser praticada por qualquer um, apesar da existência dos druidas, sacerdotes organizados num clero.

Alguns autores e pesquisadores se referem à sociedade celta como matriarcal; outros não concordam com esse ponto de vista. O que você pensa a esse respeito !
Talvez o melhor termo a ser empregado é a de que a sociedade celta era semipatriarcal. Você pode achar estranho o termo, mas não é. Perceba que o povo era dividido em tribos que tinham o seu rei, o seu druida, e que esse povo tinha suas crenças religiosas ligadas à natureza, à Mãe Terra. Para o celta, a mulher era especial, e muito, porque era associada à Mãe Terra.
As mulheres eram vistas como aspectos vivos da criação, porque vivenciavam todos os meses com o ciclo menstrual, o processo da vida, morte e renascimento, além do poder de gerar vidas. Vou dar um exemplo: Dergflaith era um dos nomes célticos dado à menstruação, e significava “soberania vermelha”. O vermelho representava soberania, poder, vida. Pense então nos mantos vermelhos dos reis. A menstruação tinha conotação de sagrado, porque acreditavam que a mulher se tornava ancorada e enraizada nesse período. Nos períodos de menstruação, as mulheres se isolavam numa cabana ou se dirigiam à floresta, compartilhavam sobre os problemas da tribo.
Outro ponto que pode ilustrar o poder feminino se refere ao ritual religioso e mágico hieròs-gámos (casamento sagrado), no qual uma mulher que tinha o poder mágico representava a Deusa e concedia aos reis e heróis grandes poderes.

Dentro da sociedade celta, a mulher dominava a religião. Podia ser uma guerreira e podia escolher o seu parceiro. Quando ela se casava, trazia para o casamento seus bens, e se eles fossem superiores aos do marido, ela se tornava chefe do casal. Há ainda uma coisa importante para se dizer com relação a concepção de união eterna e fidelidade, nem de traição. No casamento, sempre em primeiro lugar era o amor, ao mesmo tempo em que o casamento era visto como um contrato que poderia ser rompido, pois existia o divórcio. São concepções interessantes para uma época tão distante porque, na verdade, a mulher celta era tudo o que a mulher de hoje “briga” muito por ser.
Como os celtas se relacionam com os elementos da natureza:
A primeira grande lição que os celtas nos dão é a da observação e do respeito pela natureza. Levavam sempre em consideração a Roda do Ano (estações), os elementos da natureza, os pontos cardeais, o Sol, a Lua, e valorizavam a energia de tudo o que os rodeava. Eles reconheciam a energia dos elementos da natureza. A terra, o ar, o fogo, e a água são representações e formas diferentes de energia, e a partir desses elementos todas as coisas são formadas. É o que chamamos de energia elemental, seres do mundo espiritual cuja tarefa é dirigir o poder divino para as formas da natureza.

As pedras, por exemplo, eram consideradas como as energias espirituais mais antigas da Terra, e guardavam ensinamentos profundos, que eram revelados quando eram reverenciadas. Toda a Bretanha, Irlanda e Grã-Bretanha possuem pedras verticais espalhadas por diversas regiões, com tamanhos diversos. Os celtas se relacionavam com os elementos e com os seres elementais em seu cotidiano e em rituais de magia. A própria mitologia celta nos dá provas disso quando relata histórias nas quais os heróis se perdem no Outro Mundo, repleto de seres elementais.
A religião celta possui algumas características xamânicas, pois estava sempre em contato com a natureza e os seus espíritos. Para eles, por exemplo, os animais possuem dons especiais para a cura e sempre nos dão grandes lições de vida. Animais totêmicos representavam a tribo e serviam como proteção. O ogham, alfabeto celta utilizado pelos druidas, é conhecido como alfabeto da árvore, no qual cada letra representa uma árvore com energia e características específicas. Os druidas, como os xamãs, recebiam revelações por sua interação com o Outro Mundo, praticavam a adivinhação e faziam o uso do tambor, da dança e do cogumelo amanita buscaria em seus rituais.
Qual a relação entre o druidismo e a religião celta em geral com a Wicca:
Existe uma forte relação. Podemos dizer que as raízes da Wicca estão na antiga religião celta e, por conseqüência, no druidismo. Sua essência básica é centrada na Grande Mãe, a figura do Divino Feminino, mas a tradição Wicca possui uma grande carga de elementos que não faziam parte da religião celta. Esses elementos vêm da Magia Ritual, Cabala, tradições da maçonaria e até mesmo da Golden Dawn. Existem boatos de que Crowley, famoso ocultista do século 20, teria “encomendado” ao seu amigo Gardner a criação da Wicca para popularizar a religião Thelêmica, e sabemos que foi através das obras de Gardner que o paganismo foi ressuscitado.
O pentagrama, por exemplo, surge como símbolo de paganismo moderno, e não é um símbolo de origem celta. Ele era usado na Mesopotâmia por volta de 3.500 a.C. e, através da cultura judaica da cabala, acabou fazendo parte dos rituais da tradição Wicca. Outro exemplo que posso citar é o uso do athame ou punhal nos rituais wiccanos, como canalizadores de energia, fato desconhecido na religião celta.
Para o celta, a religião e a magia eram algo muito natural, fazia parte do seu cotidiano. A Wicca, embora tenha raízes celtas, é muito ritualística, especialmente hoje em dia. Em muitos segmentos wiccanos, percebe-se atualmente, como em outras religiões, um apego muito grande aos rituais e até mesmo um certo grau de fanatismo, e isso não é saudável em nenhuma crença. O ideal é fazer dos ensinamentos uma base para se ter uma vida saudável e feliz.

Em todos os conceitos celtas encontramos grande lições que podem nos auxiliar a viver melhor. Um de seus mais sábios conceitos é o de que o tempo está e estará a nosso favor, no oferecendo oportunidades que, muitas vezes, devem ser compreendidas em alguns segundos, mas que podem transformar qualquer coisa.
A filosofia de vida celta era muito simples: observar as grandes lições da Mãe Natureza, o que é uma grande dificuldade para o homem moderno. Para eles, a vida era um eterno movimento cíclico de transformação permanente: nascemos, crescemos, morremos e renascemos. Há o momento certo para cada coisa: arar a terra, semear, colher. As estações do ano são a prova da Natureza de que sempre, após um inverno rigoroso, há a chegada da primavera. Eles nos mostram que é preciso aprender a perder para ganhar depois.

Cada problema ou situação difícil, cada “doença” contém uma bênção para a cura e liberdade. Os celtas acreditavam que podemos, com responsabilidade e respeito, acionar os planos superiores, o Outro Mundo. Para, eles, o Outro Mundo, com sua graça de mistérios, está em nosso interior. Toda pessoa possui dentro de si uma chama, uma fogueira tranquila, uma alma. É preciso perceber a sua alma, realizar uma ligação com a sua chama interior, mostrando que é preciso estar sempre ligado à sua própria essência.
Outra coisa muito bonita e importante nos ensinamentos celtas é o valor que eles davam à amizade, coisa rara nas sociedades modernas em que as pessoas sempre se esquivam das outras, por medo de serem “sugadas”. Para esse povo, uma amizade ultrapassava qualquer fronteira, qualquer plano. Existe a expressão gaélica que retrata muito o valor que davam à amizade, anam cara (amigo da alma), que O’Donohue retratou de uma forma encantadora em sua obra. O conceito de amizade deu aos celtas a idéia de companherismo, solidariedade, fidelidade, amizade profunda e especial. Além de seus conceitos sobre a vida, o universo mágico celta pode nos auxiliar a adquirir mais equilíbrio, tranqüilidade, vigor, prosperidade, coragem, amor em nosso dia-a-dia, através de suas antigas práticas de magia com elementos da natureza. A natureza está aí: é só acionar a sua energia.
A espiritualidade e sua religiosidade podem ser seguidos por qualquer um. Existe muita gente com “espírito celta”, e nem sabe disso. São aquelas pessoas que respeitam a natureza, compreendem os processos e ciclos da vida e possuem amigos.


Fonte: Celta, Magia, Espiritualidade e Sabedoria - Instituto de Pesquisas Projeciológicase Bioenergéticas.





quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Conhece-te a Ti Mesmo

Nossos poderes se tornam infinitos quando nos entregamos às profundezas universalmente abrangentes da Consciência Cósmica e do Amor.
Este supremo propósito do misticismo representa a real interpretação da injunção de Delfos: Conhece o Universo e a Ti Mesmo!
Esforça-te para manter viva em teu peito a pequena centelha de fogo celestial: a consciência.
À humanidade foi reservada o poder de refletir a autoconsciência ou o autoconhecimento. Se somos filhos da Luz, algo dentro de nós proclama que a alegria e o amor superam a tristeza e o mal, e que a vida é digna de ser vivida, além de ser inevitável.
Por que muitos de nós temos medo de tornarmos conscientes da nossa mente Cósmica?
Lutamos contra essa experiência por medo de perdermos nossa identidade. Quando conseguimos abrir mão desse falso e egoístico orgulho; quando admitirmos o influxo de uma mente Maior, então nos tornaremos canais do poder e sabedoria do Cósmico. Seremos então co criadores em associação com a Mente Maior, capazes de realizar qualquer coisa que possamos imaginar ou visualizar.
Entropia: desordem de energia não disponível - desordem no seu valor máximo.
Vida: é movimento; movimento é mudança; mudança significa a morte de cada forma antiga para dar lugar a novas formas.
Toda vida individual ou todo ser vivo estará sujeito a dor, tristeza, derrota. Enquanto estiver se esforçando por manter uma identidade separada, mas poderá partilhar da imortalidade e da felicidade Eterna ao compreender sua indivisa Unidade com a Mente Universal.
O cosmos vivenciado pelo místico, por sua intuição, não necessita do dia do juízo final, nem da separação em reinos diferentes como céu e inferno. Seu Reino de Deus e seu inferno estão bem aqui, em nossa consciência, dependendo de que esteja ela em harmonia ou desarmonia com o ritmo Cósmico. 
Sua vida não imita o funcionamento de um relógio. Renova-se eternamente.
O poder, o conhecimento e a percepção interior adquirida pela Consciência Cósmica devem ser aplicados para enriquecer a vida verdadeiramente equilibrada, uma vida que se sente em casa tanto em cima como embaixo; tanto no mundo interior como no exterior; no tempo e na eternidade.

Fonte: Walter Albersheim



Rápida História sobre Jesus e Maria

"Nossa Senhora, com o Menino Jesus em seus braços, resolveu descer à Terra e visitar um mosteiro. Orgulhosos, todos os padres fizeram uma grande fila, e cada um chegava diante da Virgem para prestar sua homenagem. Um declamou belos poemas, outro mostrou suas iluminuras para a Bíblia, um terceiro disse o nome de todos os santos. E assim por diante, monte após monge, homenageou Nossa Senhora e o Menino Jesus.
No último lugar da fila, havia um padre, o mais humilde do convento, que nunca havia aprendido os sábios textos da época. Seus pais eram pessoas simples, que trabalhavam num velho circo das redondezas, e tudo que lhe haviam ensinado era atirar bolas para cima e fazer alguns malabarismos. Quando chegou sua vez os outros padres quiseram encerrar as homenagens, porque o antigo malabarista não tinha nada de importante para dizer, e podia desmoralizar a imagem do convento. Entretanto, no fundo do seu coração, também ele sentia uma imensa necessidade de dar alguma coisa de si para Jesus e Maria. Envergonhado, sentindo o olhar reprovador de seus irmãos, ele tirou algumas laranjas do bolso e começou a jogá-las para cima, fazendo malabarismos, que era a única coisa que sabia fazer.
Foi neste instante que o Menino Jesus sorriu, e começou a bater palmas no colo de Nossa Senhora. E foi para ele que a Virgem estendeu os braços, deixando que segurasse um pouco o menino.
                         O Alquimista de Paulo Coelho.

sábado, 3 de janeiro de 2015

DO IN

Do-In: a milenar arte chinesa de acupuntura com os dedos.
Desde que o primeiro homem massageou o próprio pé ferido na tentativa de aliviar a dor, a ideia do Do-In estava formada. Após sentir que um simples toque era não apenas reconfortante mas também terapêutico, o homem passou a perceber a existência de uma relação direta entre determinados pontos distribuídos pelo seu corpo e uma espécie de energia fluía entre eles. 
A teoria do Do-In é baseada  no conceito chinês de que o Universo é um organismo vivo e dinâmico, constituído de uma energia cósmica primordial da qual derivam todas as coisas existentes. 
O organismo humano é uma réplica do Universo e como tal está sujeito às mesmas leis que regem a Natureza. Deste modo o corpo humano contém energia; somos energia. Esta força cósmica os chineses chamam de KI. Esta energia flui incessantemente por canais definidos (meridianos), transmitindo a vida através das células e colocando o organismo em harmonia com a Terra e os Universos.
Excesso ou deficiência dos polos em desiquilíbrio, ou seja, Yin/Yang em desarmonia. O congestionamento em um determinado ponto da complexa rede de meridianos que transportam a energia Ki pelo corpo provoca excesso ou deficiência ao longo deste meridiano. Nossos órgãos internos estão intimamente ligados com o Yin/Yang de energia. Portanto, se há um excesso ou deficiência ao longo de algum dos meridianos, automaticamente algum órgão ou vísceras serão afetados.
Algumas dicas para sua auto massagem - Do-In:
1.Esfregue as mãos vigorosamente para ativar o seu fluxo de Ki.
2.Faça um punho solto e toque em sua cabeça em um sentido anti-horário com punhos soltos.
3.Esfregue sua testa com firmeza com a palma da mão.
4.Esfregue as orelhas com firmeza, para fora, para cima e para baixo.
5.Taça sua mão direita sobre a orelha direita e toque ritmicamente com indicador o dedo médio da mão esquerda várias vezes. Repita com a outra mão para a orelha esquerda.
6.Esfregue o seu rosto rapidamente, primeiro bochechas, nariz, em seguida.
7.Massageie as gengivas, superiores e inferiores.
8.Pressione ambos os olhos profundamente com o índice e os dedos médios de ambas as mãos e solte. Repita 10 vezes.
9.Mãos copo sobre ambos os olhos e olhar para cima, tanto quanto possível e rapidamente olhar para baixo Repita 10 vezes.
10.Consultar da esquerda para a direita, na medida do possível, repetindo 10 vezes. Gire no sentido horário e anti-horário globos oculares, cerca de 10 vezes em cada sentido.
11.Rodar o pescoço. Bata firmemente cada lado, e a parte de trás do seu pescoço.
12.Onde você estiver sentindo dores, faça pressão com seu dedo polegar ou indicado numa contagem de 10 vezes - solte e recomesse a pressão. Faça isso por alguns minutos.

O mais importante é que você relaxe e deixe que a energia flua em seu corpo.
Namastê!