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sábado, 1 de novembro de 2014

Tuatha D Danann

Os Tuatha Dé Danann ("povos da deusa Danu") formam um grupo de personagens na´mitologia irlandesa e escocesa. Foram o quinto grupo de habitantes da Irlanda, de acordo com a tradição do Lebor Gabála Érenn ("Livro das Invasões"). Imagina-se que representem as divindades dos goidélicos irlandeses; as interpretações dos tradutores cristãos geralmente reduziram sua estatura para reis e heróis históricos.
Porém, a natureza sobrenatural e religiosa dos Tuatha De Danann ainda é exposta em numeras ocassiões dessas versões cristãs dos mitos celtas. Por exemplo, um poema no Livro de Leinster lista muitos dos Tuatha Dé, mas conclui: "Embora o autor os enumere, ele não os venera". GoibniuCreidhne, Luchtaine são citados como os Trí Dé Dána ("três deuses de habilidade"), e o nome Dagda é interpretado em textos medievais como "o deus bom". Mesmo depois de terem sido desalojados do posto de governantes da Irlanda, personagens tais como Lug, as MorríganAngus e Manannanaparecem em histórias passadas séculos depois, mostrando todos os sinais de sua imortalidade. Eles têm muitos paralelos através do mundo célticoNuada é aparentado ao deus britânico pré-histórico NodensLug é um reflexo da divindade pan-célticaLugusTuireann está relacionado ao gaulês TaranisOgma a Ogmios, e Badb a Catubodua.
A tradução de "Tuatha Dé Danann" como "povos da deusa Danu" é necessariamente imprecisa. De acordo com o Dicionário da Língua Irlandesa (Dictionary of the Irish Language, Compact Edition, Royal Irish Academy, 1990, pp. 612), o termo tuath (pluraltuatha) pode significar tribo, povo, nação; e  é o caso genitivo de día, que significadeus, deusa, ser sobrenatural, objeto de adoração. Muitas vezes refere-se simplesmente a Tuatha Dé, uma frase também usada para se referir aos israelitas em textos irlandeses do início da era cristã (James MacKillop, Dictionary of Celtic Mythology, Oxford University Press, p. 366). Danann é também genitivo, para o qual umcaso nominativo não é atestado. O termo foi reconstruído como Danu, o que por analogia com Anu, se torna um nome feminino. Acredita-se que o nome do rio Danúbio seja de origem celta, e divindades célticas de rio são geralmente femininas; e na mitologia hindu, há uma deusa da água chamada Danu que pode ter um paralelismo indo-europeu. Contudo, essa reconstrução não é universalmente aceita (James MacKillop, Myths and Legends of the Celts, Penguin, 2005, p. 136.).
Os Tuatha Dé Danann descendem de Nemed, líder de uma comunidade de habitantes da Irlanda. Vieram de quatro cidades do norte, Falias, Gorias, Murias e Finias, onde adquiriam os seus atributos e capacidades ocultas. Chegaram à Irlanda por volta do 1º de Maio (a data do festival de Beltane) em nuvens negras, embora versões mais tardias racionalizassem este facto dizendo que queimaram os seus barcos para prevenir retiradas, sendo as nuvens o fumo produzido.
Conduzidos pelo seu rei, Nuada, travaram a Primeira Batalha de Magh Tuiredh (Moytura), na costa oeste, na qual derrotaram e dispersaram os desajeitado e mal armados Fir Bolg, que habitavam então na Irlanda. Nuada perdeu um braço na batalha. Como ele não era mais perfeito não podia continuar como rei, sendo substituído pelo meio-Fomorian Bres, que se revelou um tirano. O curandeiro Dian Cecht substituiu o braço de Nuada por um braço de prata, tornando-se Nuada de novo rei. Contudo, Nuada estava insatisfeito com a substituição, recorrendo ao filho de Dian Cecht, Miach, que lhe fez uma mão nova de carne e osso. Invejando o seu filho, Dian Cecht expulsou-o.
Com a restauração de Nuada como rei, o meio-Fomarian Bres queixou-se à sua família.
Os Tuatha Dé Dannan travaram assim a Segunda Batalha de Magh Tuiredh contra os Fomorians. Nuada foi morto pelo olho venenoso do rei Fomorian, Balor, mas Balor foi morto por Lug, que se tornou rei.
Uma terceira batalha foi travada contra uma vaga de invasores, os Milesianos, vindos do noroeste da Península Ibérica (Galiza e norte de Portugal), descendentes dos Míle Espáine (que se julga representar os Celtas Goidélicos). Os Milesianos encontraram três deusas dos Tuatha Dé Dannan: Èriu, Banba e Fodla, que lhes pediram para nomearem a ilha; Èriu é a origem do nome moderno Èire, e Banba e Fodla ainda são por vezes usados como nomes poéticos para a Irlanda.
Os seus três maridos, Mac Cuill, Mac Cecht e Mac Gréine, que eram os reis dos Tuatha Dé Danann, pediram uma trégua de três dias, durante a qual os Milesianos ficariam ancorados a nove ondas de distância do porto. Os Milesianos aceitaram, mas os Tuatha De Danann criaram uma tempestade mágica, numa tentativa de os afastar. O poeta Milesiano Amergin acalmou o mar com os seus versos, antes de o seu povo atracar e derrotar os Tuatha Dé Danann em Tailtiu. Quando Amergin foi chamado para dividir a terra entre os Tuatha Dé Danann e o seu povo, inteligentemente distribuiu a porção acima do chão para os Milesianos, e a porção debaixo de terra para os Tuatha Dé Danann. Estes foram levados para debaixo de terra para os montes do Sidhe por O Dagda.
Os Tuatha Dé Danann lutaram contra a bruxa Carman e os seus três filhos. A introdução de carroças e do druidismo na Irlanda é-lhes atribuída.
Árvore genealógica dos Tuatha Dé Danann
    Nemed
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                                    Iarbonel Faidh
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                                       Beothach
                                           |
                                        Iobáth
                                           |
                                         Enna
                                           | 
                                        Tabarn
                                           |
                                          Tat
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       |                                                                     |
     Allai                                                                 Indai
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       |                                           |                                                   |
     Orda                                         Nét                                               Elatha
       |                       ____________________|______________________________________________     |
       |                       |                                    |                            |     |
    Etarlám                 Esar Brec                           Delbáeth                        Dot  Bres
       |                       |                                    |                            |
       |                       |                                    |                            |
    Eochaid                Dian Cecht                            Elatha                        Balor
       |                       |                                    |                            |
       |            ___________|___________        _________________|______________________      |
     Nuada          |    |     |    |     |        |         |          |       |         |      |
    (Elcmar)       Cu Cethen Cian Miach Airmed   Dagda    Fiacha    Delbáeth   Ogma     Allód  Ethniu
   (Nechtan)        |          |                   |                    |       |       (Lir)
  _____|____        |          |      _____________|____________        |       |         |
  |        |        |          |      |      |     |     |     |        |       |         |
Etarlám Nemain  Bec-Felmas    Lug  Cermait Angus Bodb Midir Brígida   Boann  Delbáeth  Manannan
  |                 |                 |                                     (Tuireann)
  |                 |        _________|_________          ______________________|__________________________________
  |                 |        |        |        |          |      |      |       |     |      |       |      |     |
Ernmas            Abean  MacCuill MacCecht MacGréine   Fiacha  Brian Iuchar Iucharba Danand Goibniu Credne Luchtaine Ollam
  |__________________                                                                                             |
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 Ériu  =  Badb      |                                                                                            Aoi
Banba  = Macha      |
Fódla = Morrígan = Anu
           
Fonte: Wikipédia

Druidas

A visão cristã mostra os druidas como sacerdotes, mas isso na verdade não é comprovado pelos textos clássicos, que os apresentam na qualidade de filósofos(embora presidissem rituais, o que pode soar conflitante). Se levarmos em conta que o druidismo era uma filosofia natural, da terra baseada no animismo, e não uma religião revelada (como o Islamismo ou o Cristianismo), os druidas assumem então o papel de diretores espirituais do ritual, conduzindo a realização dos ritos, e não de mediadores entre os deuses e o homem.
Ao contrário da ideia corrente no mundo pós-Iluminismo sobre a linearidade da vida (nascemos, envelhecemos e morremos), no druidismo como entre outras culturas da Antiguidade, a vida é um círculo ou uma espiral. O druidismo procurava buscar o equilíbrio, ligando a vida pessoal à fonte espiritual presente na Natureza, e dessa forma reconhecia oito períodos ao longo do ano sendo quatro solares (masculinos) e quatro lunares (femininos), marcados pelos rituais especiais.
A sabedoria druídica era composta de um vasto número de versos aprendidos de cor e conta-se que eram necessários cerca de 20 anos para que se completasse o ciclo de estudos dos aspirantes a druidas. Pode ter havido um centro de ensino druídico na ilha de Anglesey (Ynis Mon, em galês), mas nada se sabe sobre o que era ensinado ali. De sua literatura oral (cânticos filosóficos, fórmulas mágicas e encantamentos) nada restou, sequer em tradução. Mesmo as lendas consideradas druídicas chegaram até nós através do prisma da interpretação cristã, o que torna difícil determinar o sentido original das mesmas.
As tradições que ainda existem do que seriam seus rituais, foram conservadas no meio rural e incluem a observância doHalloween (Samhaim), rituais de colheita, plantas e animais, baseados nos ciclos solar, lunar e outros. Tradições que seriam partilhadas pela cultura de povos vizinhos.
Segundo León Denis, o estabelecimento de uma data específica para a comemoração dos mortos é uma iniciativa dos druidas, que acreditavam na continuação da existência depois da morte. Reuniam-se nos lares, e não nos cemitérios, no primeiro dia de novembro, para homenagear e evocar os mortos.
Druida-Brithem: Estes druidas eram considerados os juízes. Os celtas não possuíam suas leis escritas, somente os druidas brithem as conheciam teoricamente, assim, essa classe de druidas tem por função percorrer as casas e as aldeias, a fim de resolver problemas e impasses que surgissem entre a população.

Druidas-Filid:

Alguns destes, diziam ser descendentes diretos do cosmos. Era a mais alta classe dos druidas, a sua função era o contato direto com o cosmos. O Lendário mago Merlin era um druida filid. Aos Druidas Filid eram concedidos os poderes e estatus de sacerdote, juiz, curandeiro, conselheiro e poeta/cantor. Não acreditavam em adivinhações do futuro, mas sabiam o que resultaria como colheita de um plantio ruim. Sua evolução permeando os estágios iniciáticos de um Druida para que chegasse à 1ª classe como um mago branco, consistia em duras provas de vida e morte onde, acreditava-se o Sacerdote morria e renascia varias vezes ao longo dos anos e provas por que passava. Não se acreditava que morressem, pois tinham uma consciencia de morte como passagem para o estágio seguinte da evolução. Sendo o Druida Filid aquele que não mais voltaria a encarnar, já que se tornaria um ancestral divinizado que intercederia pelos "vivos" ativando a energia Cósmica.

Druida-Liang:

Estes eram os curandeiros ou médicos. Normalmente passavam mais de 20 anos em seus estudos antes de praticarem tal ofício, possuíam especializações entre si, usavam ervas em geral e praticavam cirurgias. Profundos conhecedores de ervas e outras plantas, se credita a eles os ensinamentos adquirido pelos romanos sobre os valores nutricionais de muitos produtos indus e orientais com os quais eles estavam muito familiarizados. Conheciam e utilizavam os azeites naturais como o de oliva, para beberem como licores depurativos e tratamentos contra o envelhecimento. Fator que deu origem á lenda de que os druidas viviam séculos sem perder a vitalidade. Pessoas rústicas que eram, sua alimentação e vida ativa não as deixava envelhecer.

Druida-Scelaige:

Tinham como função apenas repetir a história dos celtas que lhe haviam sido contada por outros Scelaige. A escrita era proibida a não ser para rituais. Memorizavam e repetiam tudo para que a história não fosse esquecida. As histórias trazidas pelos druidas senchas também juntavam às suas histórias.Eram como professores que repassam conhecimentos aprendidos. Tinham por obrigação decorar todas as historias e canções sob pena de perder seu prestigio de Druida.

Druida-Sencha:

Ao contrário dos Scelaige, estes deveriam percorrer as terras celtas e compor outras novas histórias sobre o que estava ocorrendo, estas seriam repassadas aos Scelaige que as decorariam. Estes recebiam o prestigio de historiadores, pesquisadores, guardiões dos segredos herméticos e difusores da sabedoria oral.

Druidas-Poetas:

Estes decoravam a história contada pelos druidas Scelaige, era preciso que druidas poetas as aprendesse e contassem ao povo. A principal função desta classe era manter a tradição celta viva.
Fonte: Wikipédia

Cailleach

Cailleach, também conhecida como Cailleach Bheur , é uma figura mitológica, possivelmente uma divindade ancestral, celta, sobretudo na Escócia e na Gália Céltica, bem como no panteão celta da Inglaterra (onde é conhecida como Black Anis), no irlandês e no da Cornualha.
A sua função seria a de proteger todos os animais no Inverno e no outono e cuidar da natureza, embora se acredite também que era "em si" o espírito do Inverno, que não permitia que a natureza se desenvolvesse livremente. Os irlandeses consideravam-na uma deidade primariamente benéfica, protetora do gado, enquanto os ingleses lhe outorgavam uma atitude maléfica. Os gauleses veneravam-na como a deusa-fada da sabedoria, e os escoceses consideravam-na apenas como uma deidade do Inverno, sem lhe adjudicarem qualquer caráter adicional.
A palavra Cailleach significa "a mãe anciã" ou "a velha" no gaélico moderno, e provém do irlandês antigo caillech ("véu"), que provavelmente tenha a mesma origem que o latim pallium ("pálio", "capa"). Este termo passou para a língua gaélica durante as invasões romanas ao território celta; ao adaptar a palavra à dicção celta, o "p" mudou para "c", e a terminação foi substituída por – ach, que neste idioma servia para marcar adjetivos qualificativos. Com a raiz latina pallium e o morfemacelta - ach, o significado literal de Cailleach seria "a velha com véu", "a anciã que está de véu". Este vocábulo é por vezes usado como sinônimo de bruxa na Irlanda e na Escócia. Enquanto a Bheur, a sua origem é desconhecida. Berry, uma das suas variantes, significa "baga" em inglês. Adicionalmente, acredita-se que deste vocábulo derive o nome da península de Beara, possível local de origem desta deusa. Em resumo, o significado completo do nome Cailleach Bheur, em todas as suas variantes, poderia ser "a anciã com véu que habita em Beara". Outro possível significado desta palavra em gaélico é "amarelo", cor considerada nesta mitologia como a da morte e da putrefação.
A deusa Cailleach era representada usualmente como uma anciã de pele azulada, um só olho no centro da testa que lhe dava certo parecido com o ciclope Polifemo, dentadura de urso e colmilhos de javali. Era representada com vestimenta cinzenta, com um avental e com uma espécie de xale ou de capa de tela escocesa nos ombros; e portando às costas uma aljava com flechas de ouro e um arco de madeira de sabugueiro para atacar a quem matasse lobosjavalis e cervos, animais que defendia. Pelo contrário, segundo outra versão, ajudava os caçadores a localizarem esses animais, indicando-lhes onde e quando lançar as flechas. Outras lendas falam da sua varinha mágica, feita de madeira de azevinho, que usava para murchar as folhas no início do outono e para se converter finalmente em pedra no fim do Inverno. Segundo outras fontes, a varinha era feita com pele humana e na sua saia havia rochas que iam caindo quando avançava. Outra lenda afirma que uma longa caminhada da Cailleach teria originado todos os vales, montanhas e lagos. Adicionalmente, no inverno, segundo outras tradições, ia montada num grande lobo voador, distribuindo o frio em todas as regiões.
A crença mais estendida entre os celtas da Grã-Bretanha era que, na realidade, Cailleach, a velha feiticeira protetora, era a mesma pessoa que a deusa do fogo, da poesia e da primavera, Brígida, deusa Brígida. No final da estação invernal, a primeira, segundo as lendas dos gauleses, tornava-se voluntariamente numa rocha de grande tamanho, situada junto a um azevinho, local no que não cresce a erva pelo desgosto que a esta lhe provoca. Contudo, segundo outras lendas celtas, viaja em 31 de janeiro para a ilha de Avalon, onde fica a "árvore da juventude eterna", da qual comia para se tornar nova e atraente, transformando-se assim em Brígida. Assim, podia acudir à celebração do Imbolc, um ritual celta no início da primavera, para que a terra reverdecesse. Outra versão da mesma história sustém que na realidade, a Cailleach mantém prisioneira Brígida todos os anos para a libertar em Imbolc, o seu ritual sagrado. Esta é liberta por Angus McOg, uma divindade celta do amor que se mantém sempre jovem.
Outra crença dos celtas sobre esta deusa é que "nasce" velha no início do Inverno e depois vai rejuvenescendo sem se converter em pedra nem viajar até Avalon, mas pela autoria de um processo natural. Esta tradição estava difundida, sobretudo, em Gales e na Inglaterra. Cailleach também prediz o clima, protege os druidas e transforma-se em grou para salvar grandes distâncias. A Rainha do Inverno, título que lhe adjudicavam os celtas, buscava guerreiros e heróis nas florestas pedindo amor, e quando o recebia transformava-se numa formosa mulher jovem. Quando o seu esposo falecia, repetia a mesma operação. Tinha pelo menos cinquenta filhos, entre os quais havia povos e raças na íntegra.
As tríades, na mitologia celta, consistiam na fusão de três personalidades divinas numa só pessoa. O significado que possuía o número três nesta mitologia era o de "o meio", a indecisão que existe entre o bem e o mal. O três representa na numerologia a ideia da plenitude ou totalidade, como nos trios de passado/presente/futuro e mente/corpo/espírito. Os pitagóricos consideravam o três o primeiro número completo, pois, igual a três seixos postos em fila, possui um começo, um meio e um final. 
A deusa Cailleach seria a mesma pessoa que as deusas Brígida e Dana, segundo diversas tradições:
  • Brígida era a deusa do fogo e da música, bem como a padroeira das mulheres grávidas. O seu culto era muito estendido por todo o território celta. Quando os evangelizadores chegaram à Irlanda, não puderam eliminar o seu culto, e assim decidiram adaptá-lo ao cristianismo, tornando-a Santa Brígida da Irlanda.
  • Dana é uma deidade relacionada à fertilidade da Terra, ao ciclo das estações e à criação do mundo. O nome dosTuatha de Dannan significa textualmente "Filhos de Dana", em honra a ela. Acredita-se que é a esposa e mãe de Dagda, e que as suas filhas são, entre outras, Nimue e Morrigan.
Segundo as tradições celtas mais diversas, a tríade formada por Dana, Brígida e a Cailleach tem um simbolismo que representa a sucessão das estações, a fertilidade da terra e o ciclo da vida e da morte. Adicionalmente, segundo as tradições que referem à batalha entre Cailleach e Brígida, esta tríade representa o passar do tempo, a velhice e a juventude, entre outras coisas.
A origem de Cailleach foi sempre, quanto menos, incerta. Pertence à raça dos Corcu Duibne, raça aparentada com a dosTuatha Dé Danann, que são os seus descendentes. Algumas tradições contam que o seu pai não era outro que Cuí Roí, um herói celta, enquanto outras afirmam que o seu pai era Dagda, deus criador da raça dos Tuatha, embora também pudesse ter sido o irmão deste. Adicionalmente, segundo outras lendas, a deusa Morrigan era a sua irmã, ainda que outras variantes sustêm que era a sua mãe. Ambas eram obscuras deusas da sabedoria, embora isto não seja totalmente certo, porque Morrigan o era além da guerra.
Em que pese à sua relação incerta, Dagda e a Cailleach conceberam juntos o seu filho, Angus McOg, deus do amor. Ela impediu seu filho ir à procura de Caer, filha de um dos reis celtas para a desposar pela razão de que a considerava "um mau presságio", coisa que ao final não foi certa.
O ritual do Samhain, celebrado em 31 de outubro, também conhecido em inglês como Halloween (contração de All Hallows Even, "Dia de todos os santos"), era o ritual mais importante do calendário celta. Celebrava-se no final do verão e do ano celta. Etimologicamente significa "o final do verão". É uma festa de colheita e despedida, durante a que a deusa Dana falece ou, segundo outras versões do mito, viaja a uma terra afastada com toda a sua corte de fadas.
Contudo, os celtas colheitavam todos os seus cultivos antes da noite do 31 de outubro, porque acreditavam que depois dessa data estes já não pertenciam ao mundo humano, mas a Cailleach. No Samhain, Cailleach era invocada mediante diversos cânticos para lhe pedir que cuidasse os cultivos, a natureza e o mundo, bem para outorgar sabedoria aos seus fiéis.
Tratando-se de um ritual cujo simbolismo predominante é o da vida e da morte como parte de um ciclo natural, é possível que os celtas acreditassem que a "fronteira" entre o mundo dos vivos e dos mortos se dissolvia nesta data, pelo qual se justifica a atitude celta de deixar praças livres na mesa para os seus defuntos.
Na Escócia:
As menções a Cailleach são frequentes na zona de Argyll e Bute, na Escócia. Em lendas originárias dali é conhecida como Cailleach na Cruachan, a bruxa de Ben Cruachan, que é a montanha mais alta da região. Vendem-se bolsas de chá e postais com a sua imagem aos turistas dessa montanha, considerada sagrada, num negócio que possui uma pintura mural que descreve como Cailleach criou o lago Awe.
Na Irlanda:
É associada com as escarpadas e salientes montanhas e afloramentos, como a Hag's Head ( "Cabeça da Bruxa", em irlandês Ceann na Cailleach), o penhasco mais meridional das falésias de Moher no condado de Clear. Os túmulos megalíticos de Loughcrew, que anunciam a chegada da língua gaélica à Irlanda, ficam em cima de Slieve na Calliagh ("Outeiro da Bruxa").
Fonte: Wikipedia.