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domingo, 13 de novembro de 2011

Viktor Emil Frankl - Em Busca de Sentido

"O destino - um presente:
Pela maneira com que uma pessoa assume seu destino inevitável, assumindo com esse destino todo o sofrimento que se lhe impõe, revela-se, mesmo nas mais difíceis situações, mesmo no último minuto de sua vida, uma abundância de possibilidades de dar sentido à existência. A pessoa pode permanecer corajosa e valorosa, digna e desinteressada, ou na luta, levada ao extremo pela autopreservação, pode esquecer sua humanidade e acabar tornando-se por completo aquele animal gregário, conforme nos sugeriu a psicologia do prisioneiro do campo de concentração. Dependendo da atitude que tomar, a pessoa realiza ou não os valores que lhe são oferecidos pela situação sofrida e pelo seu pesado destino. Ela então será digna do tormento ou não.
Sentido da vida:
Precisamos aprender e também ensinar às pessoas em desespero que a rigor nunca e jamais importa o que nós ainda temos a esperar da vida, mas sim exclusivamente o que a vida espera de nós".
Viktor Emil Frankl (Viena, 26 de março de 1905 — 2 de setembro de 1997) foi um médico e psiquiatra austríaco, fundador da escola da Logoterapia, que explora o sentido existencial do indivíduo e a dimensão espiritual da existência.
A obra de Frankl é relativamente pouco conhecida nos países de língua portuguesa e é comumente ignorada pelas principais correntes da psicanálise (como Sigmund Freud, Carl Gustav Jung, Alfred Adler e Jacques Lacan).
De uma forma prática e simples assim diferenciava a Psicanálise da Logoterapia: Na psicanálise, o paciente tem de deitar-se num divã e contar coisas que, às vezes, são muito desagradáveis de serem contadas. Pois na logoterapia o paciente pode ficar sentado normalmente, mas tem de ouvir coisas que, às vezes, são muito desagradáveis de serem ouvidas.(in Sede Sentido, São Paulo: Quadrante, 1999).
O fundador da Logoterapia (também chamada de "Terceira Escola Vienense da Psiquiatria"), adotou um certo distanciamento de Freud no que se refere à etiologia sexual das neuroses e também no que se refere à religião. Frankl considera que a neurose individual poderia ser, em alguns casos, a expressão da recusa da espiritualidade.
Segundo Frankl, existiria no ser humano um desejo e uma vontade de "sentido". Ele percebe que seus pacientes não sofrem exclusivamente de frustrações sexuais (Freud) ou de complexos como o de inferioridade (Adler), mas também do que reputa ser o vazio existencial.
Para o analista, a neurose revelaria antes de mais nada um ser frustrado de sentido, o que o levou a concluir que a exigência fundamental do homem não é nem a emancipação sexual, nem a valorização do self, mas a "plenitude de sentido". Segundo Frankl, a compensação sexual não seria nada além de um Ersatz para com a falta de sentido existencial. Por isso, conclui, o terapeuta não pode negligenciar a espiritualidade do analisado e a logoterapia passa a estar centrada no inconsciente espiritual, mais do que nas pulsões.
Em "O Deus inconsciente", Frankl repudia a psicanálise tradicional, declarando que "Degradando o 'eu' em simples epifenômeno, Freud, por assim dizer, traiu o 'eu' em favor do 'isso'; mas ao mesmo tempo ele, por assim dizer, insultou o inconsciente, vendo nele nada além do que é do 'isso' - o instintivo - deixando escapar aquilo que é do 'eu' - o espiritual".
Para o autor, haveria um hiato ontológico entre o instinto e o espírito. Ele considera o homem uma totalidade trinária e tridimensional, a saber: físico-físico-espiritual. Segundo Frankl, Freud teria negligenciado a terceira dimensão.
No seu livro A Busca do Homem por Sentido (publicado pela primeira vez em 1946), Frankl relata suas experiências como interno de campo de concentração, descrevendo seu método psicoterapêutico para encontrar sentido em todas as formas de existência (mesmo as mais sórdidas) e, daí, uma razão para continuar vivendo. Em suas próprias palavras "O homem, por força de sua dimensão espiritual, pode encontrar sentido em cada situação da vida e dar-lhe uma resposta adequada.
Em Viena, em 1983, no Prefácio que faz da sua obra Em Busca de Sentido, à edição de 1984, Frankl, afirma: ...o Pós-escrito de 1984 a este livro é intitulado "A Tese do Otimismo Trágico". O capítulo se refere a preocupações dos dias de hoje e como é possível dizer sim à vida apesar de todos os aspectos trágicos da existência humana. Espera-se que um certo "otimismo" com relação ao nosso futuro possa fluir das lições retiradas do nosso "trágico" passado..
Sua filosofia é fundamentalmente otimista e baseada na crença - fruto de sua experiência pessoal - de que o fim último da existência humana tem uma meta fora do próprio indivíduo, fim este que lhe dá o sentido da própria existência.


Cultura para a Vida

Somos bilhões de habitantes e mais um tanto. Um universo inteiro de incompreensões e fantasias, caudalosas ações derradeiras que transformam tudo a todo instante, mutantes com muitos juízos de valor.

Cultura: ato, efeito ou modo de cultivar, desenvolvimento intelectual, saber, utilização industrial de certos produtos naturais; estudo; elegância; esmero; sistema de atitudes e modos de agir, costumes e instituições, valores espirituais e materiais de uma sociedade; no sentido restrito, certo desenvolvimento de estado intelectual, artístico ou científico, em que se revela, com um sentido humano, um esforço coletivo pela libertação do espírito.

A velocidade das tomadas de atitude acelera respectivas consequências. Sem antes nem depois, provocarmos cataclismas atmosféricos, agredimos o meio ambiente com produtos e dejetos poluentes, o ar e a água são contaminados sem que se vislumbre um outro caminho para a reversão do processo a não ser a educação, mesmo que a conscientização seja algo difícil, custoso até para o cidadão, já que se continua jogando lixo pela janela dos automóveis, entre outros exemplos da falta de educação.
Estamos porém, sempre em construção, alfabetos constituídos de caracteres, características que pressupõem um aperfeiçoamento, desde que libertário. Quem busca uma alternativa de comunicação, tendo perspectivas culturais, ambientais e econômicas, deve se dar conta da educação cultural relacionada com o  respeito à natureza, feita em doses parcimoniosas, procurando despertar e estimular a busca pelo não-descartável. É importante lembrar que o planeta é uma extensão de nossos corpos, com fluidos percorrendo veias e artérias subterrâneas, em sístoles e diástoles ritmadas, organismo em perfeita harmonia com o homem, com o Universo de sóis e luas.
A arte sempre esteve com o homem, assim como a relação do homem-artista esteve sempre direcionada com a natureza das coisas puras, nas atitudes mais simples, menos aritméticas, mas potencialmente mais educativas, para a vida, para um tempo que já não aceita explicações estatizadas, conceituações estanques, considerações que mais prejudicam do que ajudam na construção de uma sociedade com maior qualidade de vida, e a liberdade de escolha como prática cultura.
      créditos - Geraldo André Susin